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O esporte pode modificar a vida de muitos jovens, principalmente daqueles que habitam em periferias ou áreas de risco. Pensando desta forma, o professor de Karatê Adriano Pontes Silva criou, em 2011, um projeto social que ensina a arte marcial à crianças carentes no bairro da Ramadinha, em Campina Grande. Atualmente, cerca de 30 pessoas, entre jovens e adultos, são beneficiados. Alguns alunos do projeto já conquistaram as primeiras colocações em competições nacionais, mas a iniciativa continua se mantendo através de doações.
Os jovens muito dispersos, sem nenhuma atividade de lazer ou diversão, que vivem na comunidade da Ramadinha, chamaram a atenção do professor Adriano, que também reside no local. Segundo ele, os meninos do bairro precisavam de alguém que prestasse assistência social a eles. “Vi no Karatê uma forma de trazer esses jovens marginalizados para o esporte”, enfatizou.
Hoje, o projeto também atende crianças e adultos, na faixa etária entre cinco e 58 anos. Para se tornarem verdadeiros “karatecas”, os alunos trabalham os princípios de respeito, disciplina e caráter. O professor revela que é uma honra poder desempenhar esse papel de mudança na vida dos alunos e uma vitória ver mais um garoto ou garota longe do mundo da prostituição ou marginalidade. “Eu não formo lutadores, formo cidadãos”, ressaltou.
Entre os karatecas do projeto, destacam-se Yonara Rolin (9), que já conquistou 25 medalhas em competições e Laysa Eduarda (10), que tem 20 medalhas e a primeira colocação do Campeonato Brasileiro de Karatê, realizado na Paraíba no último mês de novembro.
Aos jovens que quiserem participar, Adriano alerta: “basta ter interesse e ir a um dos nossos treinos. Se não tiver condições financeiras, meu esforço é o maior possível. Eu faço de tudo para poder ajudar”. A equipe de Karatê da Ramadinha treina nas segundas, terças e sextas-feiras no Clube de Mães do bairro, a partir das 19h.
Foto: www.karatepkf.org / Fonte: Ascom
