A expectativa é grande, especialmente após a sequência de adiamentos no funcionamento do Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Mas enfim a boa notícia: a direção informou que o prédio será aberto à visitação a partir da terça-feira, dia 10 de junho. A solenidade de abertura está marcada para às 18h. A programação conta com apresentações culturais de violeiros, sanfoneiros, poetas declamadores, além de uma homenagem a Jackson do Pandeiro.
Projetado por Oscar Niemeyer, grande nome da arquitetura mundial, o espaço também conhecido como Museu dos Três Pandeiros vai receber os elementos culturais que contemplam música, dança, artesanato e a culinária da região nordestina.
Composto por peças de artesanato, música e literatura de cordel, o acervo será distribuído nas três estruturas circulares que remetem, cada uma, a um determinado gênero de arte. As obras relacionadas a literatura são compostas por mais de 2 mil peças que remetem a tradição, costumes e expressões populares a exemplo de louças, barro, couro e estopa. Cerca de 20% do acervo será instalado de forma permanente no MAPP.
No que se refere a música, o acervo de Jackson do Pandeiro reúne peças que fizeram parte da vida do “rei do ritmo”, a exemplo de discos de vinil, roupas, violão, documentos e objetos pessoais. O espaço reservado para a literatura de cordel reunirá o acervo da Biblioteca Átila Almeida, que detém a maior coleção de cordel da América Latina, com mais de 18 mil exemplares.
Além do acervo permanente, o MAPP funcionará como espaço para exposições temporárias de artistas do Estado e realização de oficinas. Também servirá para a realização de eventos em homenagens a compositores e intérpretes, artesãos e os artistas populares, repentistas, cordelistas e todos os demais representantes de expressões da cultura popular paraibana e nordestina como Sivuca, Marinês e Elba Ramalho.
Às margens do Açude Velho
O instigante monumento de concreto e vidro projetado por Oscar Niemeyer, construído em uma área de 972 metros quadrados, está ancorado às margens do Açude Velho e embeleza a paisagem da Rainha da Borborema. De acordo com o pró-reitor de Cultura, Chico Pereira, o acervo do MAPP é muito rico e voltado para o resgate das tradições populares, projetando Campina para o “primeiro mundo”, conforme a visão do homem que fez da arquitetura a expressão do seu tempo.
Foto: Divulgação / Fonte: Ascom