Tecnologia | Campinense é escolhido para atuar como consultor da Unesco para jogos educativos no Brasil


O campinense Rodrigo Motta foi selecionado para atuar como consultor da Unesco para jogos educativos no Brasil. Outros paraibanos concorriam para a mesma vaga. O professor do curso de Jogos Digitais da Facisa, em Campina Grande, explica que o primeiro projeto já foi apresentado. "É bem instigante. É adaptar algumas produções interativas do National Film Board", conta. A instituição em questão é a agência de cinema do governo do Canadá.

A seleção envolveu participantes de todo o Brasil. Rodrigo já participou da primeira reunião com os representantes da Unesco. Entre os requisitos solicitados para a vaga estavam: atuar como professor universitário, ter experiencia em analisar diversos aspectos técnicos dos games e outras produções envolvendo interatividade. "Além de fazer isso diariamente na faculdade, eu também sou do juri do SBGames. Só este ano, contando os trabalhos de alunos e os jogos do SBGames eu fiz análises de cerca de 200 jogos", explica Rodrigo.

Entre as atividades que serão desenvolvidas por ele estão a seleção de novos conteúdos educacionais inovadores para os diferentes níveis e modalidades de ensino, além de desenvolver modelos, ferramentas e equipamentos das tecnologias de informação e comunicação.

Educação e tecnologia: desafios
Segundo o edital divulgado pela Unesco, um dos objetivos é reforçar a prioridade quando o assunto é introdução das tecnologias e conteúdos digitais nas salas de aula. Para Rodrigo Motta, isso ainda representa um desafio no cenário paraibano. "As empresas da Paraíba, de software em geral e de tecnologia, já produzem excelentes soluções que poderiam ser usadas na educação mas trazer isso para a sala de aula acho que são pouquíssimas iniciativas. De um modo geral as escolas usam o computador e tablet de modo genérico, muito mais pra acessar internet do que pra usar algum aplicativo diretamente associado ao ensino de um conteúdo específico", diz.

A realidade que já é diferente em outros países pode, segundo o pesquisador, ser adaptada para a realidade brasileira. "Nos Estados Unidos já existem escolas onde cada conteúdo está associado a uma aplicação interativa e isso é o futuro. Você pega um livro do ensino fundamental ou médio e ele tem 'vontade', digamos assim, de ser 'algo mais', de ter um artefato de aprendizagem associado a ele", comenta.

Foto e texto: Ligia Coeli 
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