'Nos Caminhos Afro', do fotógrafo francês Pierre Verger, é a exposição mais aguardada do ano em CG



Acontece nesta quinta-feira, dia 29 de agosto, a abertura da exposição 'Nos Caminhos Afro', do fotógrafo, antropólogo e etnólogo francês Pierre Verger (1902-1996). No total, 170 fotografias dedicadas às temáticas africanas fazem parte da mostra, famosa e elogiada em todo o mundo. Campina Grande é a única cidade da Paraíba a receber a exposição, que também deve passar por Minas Gerais, Goiás e Piauí. O evento de abertura acontecerá a partir das 19h, no Museu Assis Chateaubriand, onde as fotos ficarão expostas até o dia 24 de novembro.

'Nos Caminhos Afro' traz registros das viagens de Pierre Verger, que ajudam também a contar a história do povo africano, de seus descendentes e a sua trajetória através das diásporas. São registros sobre o cotidiano, a cultura e a religiosidade de descendentes de africanos no Brasil e em mais de 20 países. Um convite a uma viagem no tempo com destino às sutilezas e às peculiaridades do universo interpretado por um fotógrafo-viajante, que realizou longas expedições entre 1932 e 1970. Verger viveu grande parte da sua vida na cidade de Salvador, na Bahia, mas seu espírito livre e curioso o fez viajar durante 14 anos consecutivos. As passagens ao redor do mundo foram marcadas pela fotografia.


Agende-se!
Exposição 'Nos Caminhos Afro', de Pierre Verger
Museu Assis Chateaubriand. Rua João Lélis, nº 581, no bairro do Catolé, em Campina Grande.
Abertura: quinta-feira, dia 29 de agosto, às 19h

Horários de visitação (até o dia 24 de novembro):
De terça à sexta das 9h às 18h
Sábados e domingos, das 14h às 18h

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (83) 3337-3637.


Confira algumas fotografias de Pierre Verger:










Sobre Pierre Verger 
Fotógrafo viajante, antropólogo não assumido, babalorixá não atuante. Desde o princípio, Pierre Verger foi atraído por muitas culturas no mundo, em especial pela africana, e sua Rolleiflex (câmera fotográfica) magnetizada pelo corpo negro.

Através da fotografia, Verger construiu, nos anos 1930, um novo testemunho acerca da dignidade do povo africano, até então colonizado, rebaixado, humilhado. Em terras baianas, o fotógrafo adotou não apenas nova residência, mas um estilo de vida. Dos anos 1960 até sua morte em 1996, morou em uma casa simples, de cama estreita e poucos móveis. Escolheu um bairro popular, desenhado por vielas e saliente ladeira.

Nas fotografias expostas no Mucane, o público verá o fascínio que motivou Verger em cenas do nosso passado, muitas vezes tão próximo de nossas atuais experiências. Um presente construído por uma visão simples e humana de um mundo transformado pelos olhos e pela Rolleiflex de um poeta do cotidiano.

Pierre Verger. Foto de Lamberto Scipione