Campina recebe iniciativa pioneira no país e inaugura Campus Universitário dentro do presídio do Serrotão

Campus universitário no presídio de Campina Grande

Mais uma vez a Rainha da Borborema se destaca quando o assunto é pioneirismo. A partir deste mês Campina Grande recebe um projeto único e se torna a primeira cidade do país a ter um campus universitário dentro de um presídio.

A confirmação é da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), responsável pelo projeto Campus Avançado, que foi instalado dentro do presídio do Serrotão e promoverá ações de educação e a cultura como instrumentos de ressocialização dos apenados, desenvolvendo as atividades acadêmicas, pedagógicas e culturais.

O serviço será oficialmente entregue neste dia 20 de agosto, às 16h, durante um evento solene. Participam do lançamento o secretário de Estado da Administração Penitenciária, Walber Virgolino, o juiz das Execuções Penais da Comarca de Campina Grande, Fernando Brasilino, o reitor da UEPB, Rangel Júnior e a coordenadora do Campus Avançado do Serrotão, professora Aparecida Carneiro.

Criado através da Resolução/UEPB/053/CONSUNI/2011, o espaço tem como objetivo promover ações socioeducativas nos presídios masculino e feminino, através da construção de espaços específicos para diversas atividades. No local, foi construída uma escola com oito salas de aulas, fábrica de pré-moldados, bibliotecas, berçário para os filhos das apenadas, um salão multiuso, oficinas de aprendizagem, além de salas de informática, leitura e vídeo.

Campus Universitário dentro do presídio do Serrotão


Detalhes
Iniciativa inédita no país, o Campus Avançado começará a funcionar com a implantação do curso “Gestão Penitenciária e Direitos Humanos”, e será destinado a agentes penitenciários que atuam na unidade prisional. Paralelo a essa atividade, será ministrado um curso preparatório para o exame supletivo e, também, será iniciada a oficina de leituras. O curso será ministrado pela equipe do Pré-Vest da UEPB.

A proposta inicial é investir em cursos preparatórios e profissionalizantes, incentivando os apenados a concluírem o ensino médio, para futuramente realizarem um curso superior. A ação visa mudar uma triste realidade: em um universo de mais de 500 apenados, apenas 13 têm o ensino médio completo, o que não viabiliza a implantação de um curso superior de imediato.

Foto: Banco de imagens / Divulgação
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