Todos os anos ouvimos queixas e mais queixas sobre o Festival de Inverno de Campina Grande. Apesar de ser um dos eventos mais antigos do país, com quase quatro décadas, as últimas edições não agradaram como deveriam. A programação não é vasta e não tem muitas atrações “de peso”, o que poderia atrair turistas e movimentar um grande público na cidade. Por que Campina Grande tem a maior festa junina do planeta e seu Festival de Inverno passa praticamente despercebido?
É inevitável comparar o evento daqui com o Festival de Inverno de Garanhuns, em Pernambuco. A comparação correta não é colocar as programações dos eventos lado a lado (a surra do FIG é grande nesse sentido), mas se perguntar: se Garanhuns pode, por que Campina também não pode?
Simples: não temos dinheiro. A coordenação do Festival de Inverno de Campina Grande luta, ano após ano, para manter o evento vivo, mesmo que em proporções cada vez menores. O orçamento do Festival em Garanhuns em 2013 é de R$ 12 milhões, integralmente bancados pelo Governo do Estado de Pernambuco. Aqui, este ano, segundo a coordenação, a Prefeitura Municipal está entrando com 300 mil reais, enquanto o Governo da Paraíba - prepare-se para este número - contribuiu com 20 mil.
20 mil reais. É esse o dinheiro disponível para investir num evento cultural em Campina Grande? Não podemos cobrar um acontecimento do porte do FIG, principalmente logo após uma festa tão grande e cara como o Maior São João do Mundo, mas 20 mil reais é uma piada sem graça.
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