Conheça o acervo em exposição fixa no Museu Assis Chateaubriand, em Campina Grande [Parte 1 de 3]

Exposição fixa no Museu Assis Chateaubriand, em Campina Grande

O Museu Assis Chateaubriand (MAC) funciona no bairro do Catolé, em Campina Grande, e guarda verdadeiros tesouros quando o assunto é arte. A exposição fixa reúne obras do paraibano Pedro Américo, além de quadros de Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Rodolfo Amoedo, Alfredo Volpi e Anita Mafaltti.

O valor artístico dos mais de 180 itens que estão sob a guarda do museu é incalculável, não há como mensurar tamanhas raridades, mas, segundo a diretoria do MAC, se considerado o valor de mercado de todas as obras juntas, esse número pode ultrapassar os R$ 97 milhões. “O valor desse acervo do ponto de vista cultural é intangível, não pode ser quantificado. Mas se por acaso fosse considerado o valor de mercado, em caso de leilão, chegaria realmente a esse valor. Um lance inicial para um quadro de Portinari é de R$ 5 milhões”, revela o diretor do MAC, Ângelo Rafael de Farias.

O fato é que reservar um horário para fazer uma visita ao local é ter a certeza de que seremos tomados por ondas de surpresa e encantamento. As obras ali expostas vão desde os traços neoclássicos aos acadêmicos, passando por itens do movimento modernista e a nova figuração estrangeira com quadros abstratos e primitivos de artistas da Hungria, França, Espanha e Grécia.

Segundo Ângelo Rafael, o acervo fixo foi montado ainda em 1967 e ficou sob a tutela da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que atualmente gerencia o museu. “Esse acervo fez parte da campanha que o jornalista Assis Chateaubriand fez pra descentralizar essas iniciativas do eixo Rio-São Paulo, então ele criou um desses museus em Campina. Temos aqui na cidade um acervo riquíssimo e um dos mais importantes do país, porque ele vai do acadêmico até o contemporâneo. Para se ter uma ideia, temos seis quadros de Pedro Américo. Esse acervo está guardado com todo requinte e segurança que merece”, explica Ângelo.

Para garantir que essas raridades se mantenham intactas, uma equipe especializada atua diariamente na segurança, cuidado e manutenção das obras. “Temos um espaço museográfico adequado, com temperatura e iluminação especiais, com profissionais treinados em expografia, curadoria e montagem de exposições”, conta. Para ele, muito além de ser apenas um prédio que concentra obras raras, o MAC tem o desafio de ser um espaço ‘vivo’. “Além do acervo fixo, temos uma dinâmica intensa aqui. Temos exposições temporárias de artistas contemporâneos, além de realização de saraus e eventos culturais. Queremos recriar a cultura das pessoas em visitar museus".


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Visite o MAC 
O museu fica localizado na Rua João Lélis, N° 581, no bairro do Catolé. O horário de visitação é de terça à sexta das 9h às 18h; sábados e domingos, das 14h às 18h. Na segunda-feira o local é fechado para expediente interno. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (83) 3337-3637.