A fatídica noite de 24 de maio de 2013 colocou fim ao time que apresentou o futebol mais alegre do Nordeste nos últimos meses. O incansável Treze provou que jamais pode-se subestimar um rival e destruiu por completo o sonho do Campinense chegar a Série D do Campeonato Brasileiro. Um jogo memorável em que a estrela do até então desconhecido goleiro Éder brilhou mais forte, fazendo com que verdadeiros milagres fossem registrados no Estádio Amigão.
Pena que o Campinense do paraibano foi diferente do da Copa do Nordeste, pelo menos até a noite de ontem. Se o triunfo regional subiu a cabeça de alguns não sei, agora também não tem mais importância. O futebol nordestino perdeu um de seus melhores times.
O toque de bola paciente e as jogadas insinuantes de Glaybson não serão mais vistas pelo torcedor raposeiro esta temporada. As partidas distintas de Pantera também não. E o pior, as engenhosidades táticas que sempre surpreenderam não serão mais feitas por Oliveira Canindé, que chorou como uma criança após a eliminação.
Apontar culpados não é a melhor saída para o Campinense, que a partir de agora vai ter muito tempo para pensar em tudo o que aconteceu. Talvez tratar o estadual como uma verdadeira prioridade seja o melhor caminho, para quem sabe em 2014 voltar a disputar competições nacionais.
Ao Treze de Vica, Éder e companhia faltam elogios que caracterizem esse trabalho. A humildade em reconhecer a inferioridade técnica e a disposição de se superar defensivamente é digna de um clube que merece voos maiores este ano e, sobretudo, mais respeito. Um time que precisa melhorar é verdade, mas, que já mostrou que vontade não vai faltar para que um título estadual e um acesso a Série B venham.
Um adeus dos rivais não, jamais. Talvez um até logo. A final do Campeonato Paraibano já aconteceu e o Treze foi campeão. O que acontecer daqui para a frente é só a título de estatística. A grande emoção já se foi e o lado alvinegro de Campina Grande gritou mais alto.
Confira mais artigos de Paulo Pessoa no Grande Campina