Artigo | Simão Mairins fala sobre o potencial de Campina Grande para atrair novos investimentos

O mundo quer Campina Grande

Nas últimas décadas, Campina Grande se consolidou como uma espécie de segunda capital da Paraíba. Centro de excelência tecnológica, referência universitária e com um mercado bastante dinâmico, tem exportado iniciativas de sucesso e, principalmente, atraído investimentos. A cidade foi, por exemplo, a primeira no interior nordestino a receber uma loja do McDonald’s (em 1999) e uma unidade da rede de supermercados Extra (em 2011).

Com o Nordeste se tornando o novo centro das atenções da economia brasileira, a Rainha da Borborema reafirma sua posição de destaque, consolidando-se como um dos principais polos da região, sendo não só o foco de grandes investimentos, mas também, por consequência, o destino de novos moradores de todo Brasil.

Essa posição de destaque tem chamado a atenção de grandes players nacionais e internacionais. Antecipando-se ao crescimento e reconhecendo o alto potencial da cidade, a maior urbanizadora do país, a Alphaville, escolheu Campina para receber um dos seus empreendimentos.

“A cidade ainda desfruta do ambiente tranquilo característico de localidades do interior, mas, ao mesmo tempo, tem espírito de metrópole, sendo um centro de excelência acadêmica e uma referência econômica entre municípios de grande porte do Nordeste, à frente até mesmo de algumas capitais”, destaca Fábio Valle, diretor comercial e novos negócios da empresa.

“Quando resolvemos trazer a marca Alphaville para o Nordeste, nosso objetivo era atender à demanda de um público exigente, assim como nas cidades do Sul e Sudeste, onde já atuávamos. Em Campina Grande, isso é muito visível”, complementa Fábio Valle.


Campina exporta tecnologia
A desenvolvedora de softwares Stairs Studio é um grande exemplo de como Campina Grande vem se consolidando como um centro de excelência tecnológica, outro ponto forte que tem contribuído para o desenvolvimento econômico da cidade. Fundado em 2008, o empreendimento já tem um portfólio considerável e algumas conquistas importantes. E uma delas, anunciada em 2011, foi um divisor de águas. Contratada por uma gigante americana de softwares como “desenvolvedora de terceiros”, a companhia passou a produzir jogos para a rede de games da marca, tornando-se, então, a única empresa na América Latina contratada para tanto.

Startup campinense produz pedais de efeito para guitarras
Interessado em ver na prática como funcionavam circuitos estudados no curso de Engenharia Elétrica, o estudante da Universidade Federal de Campina Grande Raimundo Pedro Júnior resolver “brincar” de fazer pedais de efeito para guitarras. Logo a brincadeira virou negócio e acabou se tornando um empreendimento que hoje incorpora cinco marcas dedicadas ao desenvolvimento de diferentes tipos de tecnologia, a Rays Pedals. Hoje, a empresa produz desde circuitos para redes elétricas até softwares para PCs e celulares (além, é claro, de pedais, seu ponto forte).

“Trabalhar com produção de pedais possibilitou fazer, inicialmente, nos laboratórios da universidade, circuitos mais elaborados e que podiam ser testados com músicos da região em shows, ensaios e também com amigos. Além disso, trabalhar com a produção de pedais parecia rentável quando comparávamos a qualidade dos efeitos que inventávamos com a dos outros produtos”, conta Raimundo.

Foto: Marcus Nogueira


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