Projeto de ressocialização com presos prevê fabricação de bicicletários para Campina Grande



Bicicletários e paraciclos feitos com resíduos  vindos de metalúrgicas serão produzidos em um projeto envolvendo aproximadamente 20 detentos do Complexo Prisional do Serrotão, em  Campina Grande. A proposta é da Gerência de Ressocialização do presídio e as aulas deverão ser ministradas por um dos apenados que tem curso técnico em soldagem.

A previsão é de que os materiais sejam produzidos a partir de junho e a coordenação buscará apoio da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) para instalar os bicicletários na cidade. O coordenador do projeto é o agente penitenciário Clóvis Brasileiro de Araújo. “A oficina de soldagem será no presídio Regional Raimundo Asfora. Os resíduos serão doados por algumas metalúrgicas da cidade e o custo será somente dos eletrodos para a solda industrial que temos no complexo prisional. A idéia é fazer com que a ressocialização qualifique profissionalmente esses apenados e gere benefícios na cidade”, informou. Segundo ele, a intenção é formalizar um convênio com a STTP e a Prefeitura para que os bicicletários sejam instalados em toda a ‘Rainha da Borborema’.

O superintendente da STTP, Vicente de Paula Teixeira, informou que ainda não foi informado oficialmente do projeto, apesar disso, contou que o órgão encomendou a ‘Pesquisa Domiciliar de Transporte Urbano’. Através dela, ele deverá mapear os locais onde os bicicletários poderão ser instalados. “Essa pesquisa será feita pela ‘Atecel’ e deverá ser feita até o final deste mês. Queremos identificar onde deve ter ciclovias e ciclofaixas em Campina Grande e após esses dados, vamos mapear os locais onde serão instalados os bicicletários. Precisamos realmente migrar para a mobilidade urbana sustentável e a bicicleta é um dos mais importantes equipamentos para isso. Acho que essa iniciativa será muito importante”, declarou.

Texto: Ligia Coeli

(Atualizada em 09/04/2013).
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