O futebol que surpreende: a vitória do Treze
Não há nenhuma surpresa no fato de um time, apesar de não viver o seu melhor momento, vencer seu rival em um clássico. Ontem no Amigão não foi nenhuma anormalidade o Treze vencer o Campinense. Surpreendente mesmo foi a forma como a vitória aconteceu e o placar que se configurou ao final do confronto, 4 a 0. Nada que o Campinense fizesse daria certo na tarde de ontem e praticamente tudo o que o Treze realizasse resultaria em gol ou perigo de gol.
Mas não é só de dias bons e ruins que vive o futebol e seus personagens. O competentíssimo treinador Vica fez o que nenhum outro havia conseguido com esse elenco do Galo, construiu um padrão defensivo fortíssimo. A obediência tática de cada jogador e o comprometimento com o que foi treinado durante a semana fez diferença. O Treze marcou bem e soube aproveitar as oportunidades que criou, principalmente a partir das bolas paradas, cobradas com extrema competência pelo meio-campista Daniel Costa.
O Campinense não conseguiu encaixar seu jogo habitual no primeiro tempo e o fato de sair de campo para o intervalo perdendo por dois a zero fez diferença. Na etapa complementar o time reagiu e quando conseguiu criar boas oportunidades esbarrou nos erros da arbitragem. Quanto ao gol anulado tenho a impressão de que o lance era legal e no momento do pênalti, nenhuma dúvida. O defensor não acertou a bola e atingiu Zé Paulo. Pênalti que o árbitro pessoense José Renato deixou de marcar.
O Treze não tinha nada a ver com os erros de José Renato e seus auxiliares e voltou disposto a investir nos contra-golpes, mesclados de algumas pequenas pressões no sistema defensivo adversário. Por fim, conseguiu mais dois gols e uma belíssima vitória.
Uma coisa é certa. Treze e Campinense jogam mais 10 jogos e o Galo não consegue repetir a goleada. Mas também é certo que os dois times poderiam virar a noite jogando no Amigão que o Campinense não marcaria gols. O futebol tem dessas coisas.
(Atualizado em 25/03/13)