Esporte | Paulo Pessoa comenta sobre a derrota inesperada do Treze no Campeonato Paraibano


Derrota | O Treze sentiu mais a ausência do ídolo Júlio César ou a pressão de poder ultrapassar o Botafogo na tabela de classificação?

Os três primeiros jogos da oitava rodada do Campeonato Paraibano foram surpreendentes, sobretudo, a derrota do Treze para o Paraíba de Cajazeiras. Mesmo jogando fora de casa, o Treze esteve aquém das boas apresentações das últimas rodadas e tomou seu primeiro revés longe de Campina Grande. Melhor para o Botafogo que abriu a rodada, sexta-feira, empatando com o CSP, 0 a 0, e lamentando o fato de poder ser ultrapassado pelo Galo, que só foi a campo ontem. No final das contas, o Belo ainda ampliou para dois pontos a vantagem diante do rival.

A derrota me levou a um questionamento elementar: o Galo sentiu mais a ausência do ídolo Júlio César, que depois de grave lesão vai passar de seis a oito meses fora dos gramados, ou a pressão de poder assumir a tão desejada ponta da tabela?

Acredito que a segunda indagação é o caminho mais provável para explicarmos a derrota. Afinal, apesar de ainda não estar no seu melhor futebol, o volante Charles Vagner fez uma bela partida e cumpriu bem a função de primeiro volante. Já o modo desesperado como o time correu atrás do empate no Perpetão demonstrou que a equipe estava vidrado na primeira posição e sentiu o peso de poder assumi-la.

O Treze começou jogando como de costume, pressionando e aos poucos encurralando o adversário, só que o gol do genérico Dunga abalou o psicológico do alvinegro e acabou desestruturando todo o planejamento tático do treinador Sérgio Cosme. O ponto máximo do desequilíbrio emocional foi o pênalti desperdiçado pelo atacante Fernando Russi, que depois da negociação fracassada com o futebol europeu vai precisar reconquistar a confiança do torcedor e do treinador para poder voltar ao time titular.

Uma derrota que não chega nem perto de liquidar as pretensões do time na competição, mas, que serve de lição para que a equipe volte a crescer equilibradamente.

Copa do Nordeste
O Campinense mais uma vez jogou melhor do que o Santa Cruz. O rubro-negro preencheu os espaços e tocou melhor a bola durante praticamente todo o jogo. Só que dessa vez, isso não foi suficiente para a conquista de um novo triunfo. A Raposa viu o Santa aproveitar melhor as oportunidades de gol e saiu de campo derrotada pelo placar de 2 a 0.

Uma derrota que, assim como a do Treze, não chega se quer perto de liquidar as pretensões da classificação em primeiro lugar, mas, que também serve de lição, sobretudo, para a fase de mata-mata. Oportunidades foram feitas para serem aproveitadas e elas é quem vão decidiu triunfo ou fracasso, principalmente na segunda fase da competição regional, onde os jogos serão cada vez mais decididos nos detalhes.

** O comentarista Paulo Pessoa é jornalista pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e atua no Jornal Correio da Paraíba. Confira outros artigos assinados por ele aqui

Atualizado em 04/02/13
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