Campinense lança 'PolOffice', software usado para mapear áreas violentas e reunir estatísticas policiais



Um escrivão campinense foi o responsável pela criação do ‘PolOffice’, um software que começou a ser utilizado este mês como ‘projeto-piloto’ na 2º Delegacia Regional de Polícia Civil, em Campina Grande. O curioso é que a formação de Eugênio Barros Bortoluzi é na área de odontologia, apesar disso, ele utilizou todo o conhecimento adquirido em nove anos de atuação como escrivão da PC.

Com isso ele  produziu o programa capaz de agilizar e integrar as ações da polícia, mapeando áreas de risco e revelando dados estatísticos que podem orientar estratégias e ações de segurança. A ação já repercutiu em todo o país e o software já é utilizado em pelo menos 2 mil cidades brasileiras, incluindo municípios do interior de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

O programa está em funcionamento em fase piloto em Campina Grande. “Aqui na Paraíba esse sistema está começando por Campina, e a orientação da Secretaria de Segurança foi manter aqui durante essa fase de teste. Apesar disso o software já é utilizado em várias partes do país, porque eu fiz com que esse fosse um programa gratuito e aberto ao uso de policiais. Mais de 2 mil cidades em todo país já fizeram o download do programa através do site”, disse Bortoluzi.

O PolOffice não terá nenhum ônus para o Estado, pois é um sistema de informações totalmente gratuito. Todos os dados que forem inseridos no sistema ‘PolOffice’ poderão ser compartilhados para as demais Delegacias. “A princípio é um software que tem o efeito de propagar as informações policiais através de uma rede integradas de computadores. A ação visa agilizar a atuação da polícia. Toda ocorrência do sistema será lançada em um banco de dados, inclusive com orientações parciais e com isso podemos fazer um ‘georeferenciamento’ e analisar as zonas mais ‘quentes’, as mais perigosas da cidade”, disse o escrivão.

Saiba como funciona – Através do programa os dados estatísticos são apurados de maneira a apontar quais os bairros maios violentos, os tipos de crimes mais registrados na cidade, a quantidade de pessoas presas em determinado período e por quais tipologias de crime. “Com essas informações os gestores da área de segurança podem traçar estratégias mais eficientes e ações que direcionam para o local certo a solução mais apropriada”, diz Eugênio.

Texto: Ligia Coeli

Atualizado em - (29/01/2013)

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