Destaque | Empresária de Campina Grande, Maysa Gadelha é finalista do Prêmio Cláudia 2012


Anualmente a revista ‘Cláudia’, publicada pela Editora Abril, promove um evento a nível nacional para reverenciar as mulheres brasileiras que merecem destaque nas mais diversas áreas de atuação, como cultura, ciências, trabalho social e políticas públicas. A edição deste ano do Prêmio Cláudia tem como uma das três finalistas da categoria negócios a empresária Maysa Gadelha, que comanda a Coopnatural, uma cooperativa têxtil especializada em algodão colorido.

Quem decide as vencedoras de cada categoria do Prêmio Cláudia 2012 é o público. A votação está aberta até o dia 8 de agosto na internet. Acesse e vote nesta mulher que tanto orgulha Campina Grande: premioclaudia.abril.com.br.

Segue o perfil de apresentação de Maysa Gadelha como finalista do Prêmio Cláudia 2012:

Em Campina Grande, no interior da Paraíba, uma empresária do setor têxtil atenta às demandas mundiais de respeito ao meio ambiente conseguiu driblar a crise. Maysa Gadelha, 54 anos, apostou nas roupas feitas com algodão orgânico, colorido naturalmente e produzido sem uso de agrotóxicos. “Deu certo porque é um material que reúne tudo o que as pessoas buscam hoje: inovação, sustentabilidade e personalidade”, afirma ela, que se uniu a vários empresários do setor para fundar a Coopnatural, cooperativa que produz peças ecológicas vendidas hoje para mais de 100 lojas no Brasil, Japão, na Itália, Alemanha e Austrália.

Maysa nasceu em Belo Horizonte, mas, aos 19 anos, se casou com um médico paraibano e trocou a cidade natal por Campina Grande. Lá, abriu uma pequena confecção de camisetas com uma amiga. Em 2000, as sócias estavam às voltas com a cada vez mais dura concorrência, principalmente por causa das peças vindas da China. Foi aí que Maysa leu em um jornal uma reportagem sobre a nova tecnologia de produção de algodão desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Entrei imediatamente em contato com os pesquisadores, que me cederam 300 quilos de pluma para teste”, conta. Ela então reuniu dez empresários de confecção e tecelagem, montou um consórcio e começou a produzir as roupas ecológicas, que ganharam o nome de Natural Fashion. Três anos depois, decidiu criar a Coopnatural, à qual ela hoje se dedica em tempo integral, coordenando 29 cooperados, 88 agricultores e 22 famílias de artesãos, que acrescentam às peças detalhes de crochê, macramê, fuxico e outros trabalhos manuais típicos da região. A Coopnatural fabrica entre 5 mil e 6 mil peças por mês e tem faturamento bruto de cerca de 2 milhões de reais por ano. Maysa comemora no momento a inauguração da sede própria e de uma escola de artesanato, serigrafia e costura. “Ao valorizar a mão de obra da região, nossa cooperativa resgata a cidadania. Por isso, sou tão apaixonada pelo que faço.”