Conheça os artistas convidados do III Festival Internacional de Música de Campina Grande


Desde a última segunda-feira, dia 2 de junho, acontece na cidade a terceira edição do Festival Internacional de Música de Campina Grande. O evento reúne artistas renomados de diversos países. Abaixo você confere um balanço geral de quem deve se apresentar durante a semana. A programação completa do evento está disponível aqui.

Campina Jazz Band
A Campina Jazz Band é uma orquestra versada nos diversos ritmos brasileiros, assim como nas mais variadas nuances musicais do mundo. Este grupo atualmente tem sede na Unidade Acadêmica de Arte e Mídia, sob a Coordenação do professor Jean Márcio Souza. A Campina Jazz Band é um projeto com quase dez anos, nascido de forma independente pela marcante garra do trompetista Fernando Alves um dos mais ativos músicos da cena musical campinense.

Coro de Câmara
O Coro de Câmara de Campina Grande foi fundado em março de 2010. O grupo ensaia três vezes por semana e tem se dedicado à interpretação de repertório eclético, que inclui obras da renascença ao período contemporâneo, peças para coro a cappella e com acompanhamento orquestral, a exemplo da Missa em Sol (Schubert), Missa em Sib (Haydn) e Requiem para um trombone (Eli-Eri Moura). O coro já foi regido por vários maestros convidados, dentre os quais o norte-americano Kenneth Fulton, no Festival Internacional de Música de Campina Grande. O grupo, formado por professores e alunos da UFCG, UEPB e pessoas da comunidade, serve também como laboratório para estudantes de Regência e Canto da graduação em Música da UFCG. Os projetos do Coro de Câmara para este ano incluem uma excursão para os Estados Unidos, onde realizará apresentações na Mississippi State University, Louisiana State University, e Texas A&M University Commerce.

Coro em Canto



Com cerca de 25 anos de existência e há 15 sob a regência de Lemuel Guerra, o Coro em Canto, da Universidade Federal de Campina Grande, foi fundado pelo professor Fernando Rangel. Dentre as principais peças realizadas pelo Coro em Canto, destacamos: o Requiem e a Krönungs Messe, de Mozart; o Requiem, de Fauré; a 9ª Sinfonia, de Beethoven; a Missa em Sol maior, de Schubert; Carmina Burana, de Orff; Gloria (em Ré Maior) e Magnificat, de Vivaldi; a Missa Tango, de Martin Palmeri (sob a regência do autor); a Sinfonia Nº 2, de Mendelssohn; a Serenade to Music, de Vaugham Williams; a Missa Diligite, de Camargo Guarnieri e a Missa de Alcaçus, de Danilo Guanais. O Coro em Canto tem participado de festivais internacionais como Coro Convidado, a exemplo do Festival Internacional de Maringá (PR) e do Festival Internacional de Corais de Londrina (PR). Desde sua fundação, mais de 500 coralistas já passaram pelo coro, entre professores, estudantes e funcionários da Universidade Federal da Paraíba e de Campina Grande, assim como indivíduos da comunidade externa à universidade. Desde setembro de 2011, o Coro em Canto está sob a regência de Gunnar Silvestre.

Domitila


A ópera de câmara Domitila, de João Guilherme Ripper, é baseada nas cartas trocadas entre o Imperador D. Pedro I e sua amante, Domitila de Castro – a Marquesa de Santos. Desde as primeiras mensagens, com galanteios do Imperador, passando por momentos de grande intimidade, até chegar ao triste desfecho da relação, os textos são o documento vivo de um amor proibido. Ele ficou na história do Brasil e gerou frutos, que provocaram uma dicotomia na Família Real: o casal teve quatro filhos, dos quais sobreviveram duas meninas. Há relatos sobre mais de duzentas cartas trocadas por Domitila e D. Pedro. Mas somente 143 foram documentadas, das quais muitas não são mais encontradas – teriam sido eliminadas. A ópera, para soprano, piano, violoncelo e clarinete, procura humanizar a personagem histórica. A concepção da montagem é simples, mas prima pela beleza e carga dramática. Domitila foi composta em março de 2000 por João Guilherme Ripper e apresentada pela primeira vez no Centro Cultural Banco do Brasil, na Série Palavras Brasileiras. Nesta versão, o papel título foi interpretado pela soprano Ruth Staerk, dirigida por André Heller Lopes.

Eudóxia de Barros


Iniciou-se no piano com Matilde Frediani e, posteriormente, estudou com Nellie Braga e Karl Heim. Diplomou-se no Instituto Musical de São Paulo, em 1951. Foi aluna particular de Magda Tagliaferro (1954-1957) e viajou para a França onde cursou várias master classes com pianistas de renome, tais como Pierre Kostanoff, Lazare Lévy, Pierre Sancan, Cristianne Sénart e Magda Tagliaferro. Voltou ao Brasil em 1959 e fez cursos de composição, harmonia e contraponto com Camargo Guarnieri, Guilherme Fontainha e Osvaldo Lacerda. Na década de 1960, foi professora no Conservatório Santa Cecília, de Santos-SP, e do Conservatório Jesus Maria José, em Franca-SP. Viajou aos EUA em 1965, onde estudou com Olegna Fuschi e Howard Aibel. Nesse período, foi catedrática de piano na Escola de Artes da Carolina do Norte. No Brasil, lecionou, ainda, no Conservatório Dr. Carlos de Campos, em Tatuí-SP, e no Conservatório Maestro Julião, em Presidente Prudente-SP. Em 1979, publicou Técnica pianística: apontamentos sugeridos pela prática no magistério e concertos, pela Ricordi do Brasil. Foi eleita para a ABM, em 1989. Em 1995, recebeu o Prêmio Nacional de Música da Funarte, na categoria intérprete. Tem vários LPs e CDs gravados.

Marco Antonio Almeida
Prêmio Radegundis Feitosa


Após completar o curso de Medicina, foi bolsista do governo alemão na Hochschule für Musik und Theater, em Hamburgo, onde terminou seus estudos de pós-graduação. Premiado em vários concursos internacionais nos EUA, Portugal e Itáli, foi solista de importantes orquestras, dentre as quais a de Berlin, Budapest, Caracas, Santiago do Chile, Hamburg, Köln, Montevideo, Roma e São Paulo. Gravou em quase todas as rádios europeias e tocou com regentes como Moshe Atzmon, Heribert Beissel, Michael Gielen, Isaak Karabchevsky, Michail Jurowski, John Neschling, Gustavo Dudamel, Norton Morozowicz, Osvaldo Colarusso, David Machado, Aylton Escobar e Alessandro Sangiorgi. Entre seus companheiros de música de câmara estão Kolya Blacher (violino), Tom Krause (barítono), Antonio Menezes (violoncello), Ludwig Streicher (contrabaixo), o Auryn String Quartett e o Moscow Wind Quintet. Como intérprete de Mozart, participou dos principais festivais alemães, tendo gravado em CD o citado compositor com a Orquestra de Câmara Filarmônica de Berlim. Seus CDs são lançados pela BMG/Arte Nova e Klavier Records (USA). É Professor Catedrático na Hochschule für Musik und Theater Hamburg, assim como na Martin-Luther-Universität Halle-Wittenberg. É Diretor Artístico do Festival de Música de Londrina.

Orquestra de Câmara da UFCG
Formada por jovens músicos a Orquestra é um projeto desenvolvido pela Universidade Federal de Campina Grande, dedica-se à formação musical para jovens estudantes, oferecendo uma experiência fundamental na prática orquestral. Criada em setembro de 2009, sob a direção artística do professor Francieudo Torres a Orquestra tem se firmado como um dos principais instrumentos na formação de novos músicos. Seu objetivo é proporcionar aos jovens uma oportunidade para seu desenvolvimento artístico por meio da experiência na prática orquestral, visando atingir um nível musical que os encaminhe à profissionalização.

Orquestra de Contrabaixos Tropical


Estreou em setembro de 2002, no Centro de Convivência de Campinas, dirigida pelo contrabaixista francês Thibault (Tibô) Delor, com uma proposta não inédita, porém muito original, de juntar vários contrabaixos para produzir um espetáculo que une composições originais, show visual e humor. Mais que um grupo, a Orquestra de Contrabaixos Tropical é uma escola: Beto Vianna, doutorado em Chicago/EUA; Adriana Norat, mestrado em Nova York; Rodrigo Fávaro, mestrado em Genebra/Suíça; Gustavo D'Ippolito, mestrado em Viena; Gustavo Brinholi, mestrado em Munique. Este trabalho gerou outro projeto, chamado EcTA, Escola com Trabalho Ambulante, desenvolvido na Argentina, para levar e difundir uma escola moderna do contrabaixo para toda a América Latina, em intercâmbio com o curso semestral de Bragança Paulista/SP, ministrado por Tibô Delor desde 2002. Recentemente, por ocasião do curso da EcTA, no Conservatório Superior de Música de Córdoba, a Orquestra de Contrabaixos Tropical realizou uma turnê, apresentando-se em Curitiba, Córdoba, Villa Maria, Rosário e Buenos Aires.

Quaternaglia Guitar Quartet


Tem sido aclamado como um dos mais importantes quartetos de violões da atualidade, tanto pelo alto nível de seu trabalho camerístico quanto por sua importante contribuição para a ampliação do repertório. Em seus vinte anos de atuação, o grupo vem estabelecendo um cânone de obras originais e arranjos audaciosos, o que inclui a colaboração com compositores brasileiros de diversas gerações. Sua atuação começou a despertar o interesse da crítica internacional a partir de 1998, após a obtenção do Ensemble Prize no Concurso Internacional de Violão de Havana (Cuba) e da participação em importantes séries de violão e música de câmara dos Estados Unidos, como Guitarists of the World, Allegro Guitar Series, Chamber Music Sedona, Friends of Music e Round Top Festival Hill. A atividade didática do quarteto também é bastante intensa, e o grupo desenvolve um trabalho acadêmico regular nas cidades brasileiras, além de ser convidado periodicamente para ministrar masterclasses e palestras em instituições norte-americanas. Os músicos do Quaternaglia utilizam três violões de seis cordas e um violão de sete cordas especialmente construídos pelo luthier brasileiro Sérgio Abreu.

Quinteto Sopro Novo


A Yamaha Musical entende que a única maneira de aumentar produtivamente a demanda comercial de seus produtos é promover atividades educacionais que aproximem as pessoas da música. Através do Departamento de Difusão Musical, a Yamaha Musical do Brasil criou o Sopro Novo como estratégia para atingir esse fim. O Sopro Novo é um programa de iniciação musical desenvolvido para professores que queiram utilizar a flauta doce como ferramenta de trabalho em sala de aula. Desde 2005 o Sopro Novo forma centenas de professores que por sua vez, ensinam música para milhares de crianças em todo o território nacional. Mais do que uma estratégia bem sucedida, o Sopro Novo hoje cumpre um papel social e educacional que tem transformado a vida de muitas pessoas. O Sopro Novo está presente em mais de 80 cidades espalhadas pelas 5 regiões do país. Na medida em que educacionalmente as coisas se firmaram, surgiu a necessidade de mostrar as possibilidades artísticas da flauta doce. Formou-se então em 2007, o Quinteto Sopro Novo, integrado pelos professores do Programa que viajam pelo Brasil espalhando essa semente. Escolas públicas e privadas, Universidades, Faculdades, ONGS, Empresas, teatros e salas de aula, têm servido de palco para esse grupo.

Fonte: FIMCG / Fotos: Divulgação.