A campinense Margarida Motta está à frente da direção da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Campina Grande há mais de 20 anos. Recentemente ela comemorou a reabertura da entidade, após uma luta conjunta de familiares e da sociedade campinense. Margarida conta que atualmente a Apae-CG atende, em média, 485 crianças, jovens e adultos.
Para ela, estar à frente da Apae a mantem na luta diante das dificuldades impostas pelo preconceito. “A tendência do idoso é se acomodar, mas eu não me sinto no direito de me acomodar diante de tantos problemas que são enfrentados”, disse.
Desafios vencidos
Segundo Margarida, um dos principais desafios enfrentados em sua vida foi a formação acadêmica. Há 60 anos, em uma época onde a faculdade de Direito, em Recife (PE), possuía a maioria das vagas ocupadas por homens, Margarida conseguiu o seu espaço. “Meu grande desafio começou na juventude, eu fugi aos padrões de comportamento das moças da minha época que quando muito, faziam um curso doméstico para casar e ter filhos. Há 60 anos eu consegui que meu pai concordasse em eu sair de casa para fazer um curso superior. Enfrentei muita discriminação na universidade, especialmente de professores. Esse foi o grande desafio da minha vida. Comecei a quebrar padrões naquela época”.
Texto: Ligia Coeli
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