Campina Grande dispõe de curso superior e técnico na área de Engenharia de Petróleo


Os salários para os profissionais que se formam em Engenharia de Petróleo podem chegar até os R$ 30 mil reais, de acordo com diretores de cursos superiores. Até 2013 cerca de R$ 105 bilhões serão investidos nas atividades de exploração e produção do setor petrolífero, somente através da Petrobrás e com a demanda de serviços, especialistas da área alertam para a falta de profissionais em quantidade suficiente para atender a demanda de trabalho.

O único curso superior da Paraíba, aberto em 2009, é oferecido através da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e formará a primeira turma, de aproximadamente 45 alunos, em 2013. A cidade também dispõe do curso técnico integrado em Petróleo e Gás, disponibilizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB).

Entre os requisitos para a profissão, estão a aptidão para as disciplinas de física, química e matemática, e o domínio da língua inglesa. O bacharelado da UFCG dispõe de 14 professores, seis deles concursados especialmente para o curso. “São seis disciplinas por período. O aluno deve apresentar tendência para engenharia, especialmente mecânica, química de mineração e geociência, porque o curso é uma junção dessas engenharias”, explicou Theóphilo Moura Maciel, coordenador do Curso de Engenharia de Petróleo da UFCG.  A pós-graduação em Engenharia do Petróleo da instituição poderá ser criada em 2013, em parceria com o setor de engenharia de minas.

A professora Adriana Cutrim, do departamento de Engenharia de Petróleo da UFCG, explica que o campo de atuação desse profissional é amplo. “Ele pode atuar seja na exploração do petróleo, produção, engenharia de poços e perfurações ou refino”, explica. Segundo ela, a produção de petróleo através dos incentivos do pré-sal, poderá aumentar em até três vezes e com isso, a procura por estes profissionais crescerá a ponto de não haver profissionais qualificados. “Os engenheiros estão se aposentando e o país vai precisar de mão de obra tanto para a Petrobrás e para as empresas terceirizadas que prestam serviços para ela”, contou.

A profissão - No Brasil, a profissão do engenheiro de petróleo é reconhecida pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) e o primeiro curso do Brasil foi criado em 1998, pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Outras cinco instituições oferecem cursos de graduação em todo o país, entre elas a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Universidade Sagrado Coração (USC), em São Paulo.

Curso técnico em Campina Grande - O curso técnico integrado em Petróleo e Gás, disponibilizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), prepara profissionais para operar e controlar máquinas e equipamentos na produção de petróleo e gás natural. Atualmente 160 alunos assistem aula no local e a cada ano, 80 novos estudantes tem acesso ao curso.

Além das refinarias de petróleo, os alunos podem atuar em termoelétricas, sistemas de bombeamento de gás natural, gasodutos e oleodutos e postos de gás natural. “A admissão a Cursos Técnicos Integrados em Petróleo e Gás é feita através do intermédio de processo seletivo, em período previsto em edital público, para alunos que tenham completado o Ensino Fundamental. São oferecidas 80 vagas anualmente, sendo 50% das vagas destinadas a alunos de escola pública e 50% para aluno de escola particular”, explica Divanira Ferreira Maia, Coordenadora do Curso Técnico Integrado em Petróleo e Gás.

ÁREA DE ATUAÇÃO DO TÉCNICO (Fonte: IFPB)

Operar e controlar plantas industriais de petróleo e gás;
Pesquisar e desenvolver produtos e processos;
Programar e executar manutenção corretiva, preditiva e preventiva em máquinas;
Inspecionar serviços da manutenção corretiva, preditiva e corretiva em equipamentos e instalações industriais de petróleo e gás;
Orientar o tratamento prévio e complementar de produtos e resíduos industriais;
Auxiliar na operação de instalações de equipamentos de petróleo e gás;
Auxiliar no controle dos efeitos ambientais gerados por operações de petróleo e gás;
Auxiliar o engenheiro de petróleo na pesquisa de jazidas de petróleo e gás, bem como na formulação de projetos de transporte e armazenamento de petróleo e seus derivados;
Acompanhar a instalação de equipamentos separadores óleo-água-gás.
Programa oferece qualificação

Com informações de Ligia Coeli // Jornal Correio da Paraíba