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Não foram poucas as vezes que Campina Grande foi citada como a ‘cidade high-tech nordestina’, considerada o centro de excelência mundial. Motivada pela produção de Tecnologia da Informação (TI), a cidade ganha reconhecimento nacional especialmente quando citados os projetos de pesquisa da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). O potencial da indústria de tecnologia da cidade tem atraído empresas nacionais e internacionais, como o Google e a Nokia, que passaram a encomendar programas e softwares produzidos direto da cidade.
Atualmente a UFCG possui convênios com empresas como a Motorolla, Google e a Petrobrás, que somente nos últimos quatro anos investiu R$ 4,5 milhões em pesquisas. Além disso os estudantes e pesquisadores realizam estudos para a Nokia e a HP, que investe uma média de R$ 3 milhões por ano em desenvolvimento de projetos.
Não à toa que quase 80% dos R$ 30 milhões do orçamento das verbas federais destinadas a pesquisas, para a UFCG, são escoadas para a área de ciências exatas ou setor de tecnologia. O reitor da UFCG, Thompson Mariz, explica que além de‘abocanhar’ a maior parte dos recursos do governo federal destinados às pesquisas, a área de exatas, ciências e tecnologia também recebe o maior número de investimento de empresas privadas de todo o mundo. “A área de ciências exatas leva disparado, 80% dos recursos”, disse.
Curiosidade
A UFCG, quando funcionava como Escola Politécnica, adquiriu na década de 60 um dos cinco primeiros computadores em universidades do país e o primeiro do Norte-Nordeste. Mas um detalhe desta história que poucos conhecem é que, para ajudar na compra do IBM-1130, os estudantes rifaram um boi. A ação cômica e ousada foi lembrada pelo diretor do Centro de Engenharia Elétrica e Informática (CEEI), Wellington Santos Mota. “Rifamos um boi, que foi doado por um comerciante campinense, para comprar o primeiro computador da UFCG. Era um boi de raça e todos os estudantes de engenharia elétrica se mobilizaram”, contou aos risos.
