Projeto desenvolvido em Campina Grande promove fabricação de tijolos ecológicos para construção civil

Projeto desenvolvido em Campina Grande promove fabricação de tijolos ecológicos para construção civil

Tijolos ecológicos feitos com resíduos que vem do beneficiamento de rochas ornamentais e caulim. Uma alternativa para as empresas que buscam sustentabilidade. O projeto é desenvolvido por professores e alunos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através do Departamento de Química, em Campina Grande. Por semana os estudantes chegam a fabricar até 75 tijolos ecológicos.

Para desenvolver a técnica, a universidade firmou parceria com a uma empresa de beneficiamento de mármores e granitos, no Distrito Industrial de Campina Grande, que cedeu o espaço e todo o material que é reutilizado na fabricação dos tijolos e blocos, colocando em prática a sua política de gestão ambiental.

A ideia é que os tijolos ecológicos produzidos pela Universidade possam ser usados futuramente em calçadas, canteiros e na construção de casas. Com o desenvolvimento desta pesquisa, os resíduos que antes eram colocados em grandes depósitos em terrenos baldios, contaminando o meio ambiente, agora são utilizados de forma produtiva e sem gerar danos à natureza.
 
Processo de fabricação é simples
O processo de fabricação dos tijolos ambientais é simples e rápido. Para fabricar o produto, os alunos bolsistas usam água, o resíduo de rochas ornamentais - também chamado de lama abrasiva, massame, e uma pequena proporção de cimento. A maior proporção é do resíduo granítico também chamado de caulinítico. Os blocos com alguns furos que dão suporte às construções são feitos no sistema de encaixe, facilitando a produção em grande escala.

A equipe utiliza o chamado traço padrão 1/9, ou seja, uma parte de cimento para nove de solo, o suficiente para fabricar até 25 tijolos. Após preparar a massa e vendo que ela já atingiu o ponto ideal, os estudantes a transportam para uma máquina de prensar. Em segundos o tijolo ganha forma. Depois é levado para os chamados períodos de cura de sete, 28, 60 e 90 dias. Nesse período são feitos vários testes para avaliar a resistência do produto. Os tijolos confeccionados ao longo de quatro anos de execução do projeto foram usados na construção do galpão onde a equipe trabalha.

Diferente dos tijolos convencionais, os produtos feitos com resíduos não exigem grandes temperaturas. A vantagem é que se for fabricado em grande escala, a fábrica não precisa recorrer ao uso de lenha para produzir o fogo que aquece o material, o que é mais um ganho para o meio ambiente.

Foto: Divulgação / Fonte: Ascom