Aproximadamente 80% dos R$ 30 milhões do orçamento das verbas federais destinadas a pesquisas são direcionadas para a área de ciências exatas e o setor de tecnologia na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). A situação é semelhante na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), onde as áreas de ciências naturais e saúde concentram o maior número de pesquisadores. Por ano a instituição direciona uma média de R$ 18 milhões em investimentos para pesquisa, que são vindos do orçamento da pró-reitoria de pesquisa e pós-graduação, de projetos de captação de recursos, parcerias com empresas e agência de fomentos e do Programa de Incentivo à Pós-Graduação e Pesquisa (PROPESQ), que nos últimos três anos apoiou uma média de 250 pesquisas em dez áreas de estudos.
Segundo o reitor da UFCG, Thompson Mariz, além de‘abocanhar’ a maior parte dos recursos do governo federal destinados às pesquisas, a área de exatas, ciências e tecnologia também recebe o maior número de investimento de empresas privadas de todo o mundo, como a Nokia, Motorolla, LG e até mesmo o Google. “A área de ciências exatas leva disparado, 80% dos recursos. Os outros 10% vão para a grande área das ciências agrárias e outros 10% direcionados ciências humanas. As ciências jurídicas não recebem quase nada”, revela o reitor.
Em 2011 as verbas do governo federal destinados a UFCG foram de aproximadamente R$ 420 milhões. Desse total, R$ 300 milhões são destinados para pagamento de folha de funcionários enquanto R$ 30 milhões são redirecionados às pesquisas. Além de recursos como esses, os 75 cursos de graduação, além das pós-graduações distribuídas nos campi de Campina Grande, Patos, Sousa, Cajazeiras, Pombal, Cuité e Sumé recebem ainda financiamento de projetos através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.