E-commerce deixa de ser vilão | Empresários de Campina Grande aderem a modalidade de vendas


Apesar de ser apontado como um ‘vilão’, os lojistas de Campina Grande não se intimidam e apostam no e-commerce para inovar e aumentar o faturamento. Enquanto essa modalidade de vendas emplacou um aumento de 40% no ano passado, com uma média de 20 milhões de compradores ao ano, o comércio paraibano fechou o mesmo período com um aumento médio de 12,49% nas atividades varejistas, de acordo com informações da Federação dos Comércios de Bens e Serviços do Estado da Paraíba (Fecomércio – PB).

Uma das saídas apontadas pelos economistas é utilizar o e-commerce como reforço de vendas e tornar o negócio competitivo. Foi o caso do empresário Antônio Averaldo, 50, proprietário de uma empresa que atua no mercado regional na venda de impressoras, acessórios de impressão e jogos em Campina Grande. Depois de sentir no bolso as conseqüências da chegada das compras on-line, ele resolveu estender às vendas ao comércio digital e aumentou em 20% o faturamento mensal do empresário. “Hoje temos mais de 3.200 clientes cadastrados em nosso site de todas as regiões do país, cerca de 17% São de São Paulo, 9% de Minas Gerais, 8% da Paraíba, 7% do Rio de Janeiro, 6% da Bahia, listando apenas os 5 estados mais representativos”, explicou.

ACCG comenta divisão de ICMS – Em 2010 o comércio digital conseguiu faturar mais de 15 bilhões em vendas em todo o país, de acordo com dados emitidos pela empresaE-bit, referência na área de inteligência de comércio eletrônico do Brasil. Os comerciantes locais, que sofrem com a baixa nas vendas e sem a arrecadação de impostos, enxergam na divisão do ICMS uma saída. “O ideal seria ‘rachar’ esse valor, ou seja, metade do valor do imposto fica na cidade de destino da mercadoria e outra na cidade de origem”, explicou Fernando Soares, Associação Comercial de Campina Grande.

Para ele, os prejuízos causados vão desde onda de demissões até a falta de investimentos do governo por falta de arrecadação de impostos. “Estamos distantes de grandes centros, como São Paulo, por exemplo, então acabamos importando tudo, principalmente eletrônicos. Com a internet, muita gente esquece as lojas físicas e isso gera um prejuízo para a economia local, o desafio é tornar o comércio local ainda mais atrativo e usar o e-commerce como aliado, fazendo com que o imposto fique na cidade de origem da mercadoria”, explicou.

Por Ligia Coeli, do Grande Campina.
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